Como princípio da filosofia Calabriana, de reconhecer o entorno e a si, de perceber as singularidades e potências de cada indivíduo e da natureza. Educandos do projeto Educação Integral participaram de uma “investigação” das cores, a fim de reconhecer a pluralidade delas. As atividades fazem parte do mês da inteligência estético-artística.
Os educandos, durante duas semanas, tiveram uma sequência de atividades artísticas que incentivaram a percepção das escolhas de cores em seus trabalhos. As crianças começaram com a apresentação das cores em tintas, sobre como as cores primárias transformam-se em secundárias e assim por diante. Quando o encantamento da mistura de tintas se efetuava, a atividade evoluiu para o círculo cromático e como as cores criadas estavam dentro deste círculo.
Este círculo é perfeito para ver as relações de cores complementares, e como muitos dos desenhos e filmes que os educandos assistem é composto por uma escolha de três a quatro cores, que se complementam ou se destacam. Para perceber mais intimamente essa relação cor e criação artística, os educandos realizaram expressões corporais, como cada um representa a cor para si, ou seja, como explicar a cor amarela com o gesto, ou a cor verde?
Isso instiga os educandos a ter uma visão aguçada e apurada nas escolhas de cores com os trabalhos que querem realizar, e quais cores podem representar os sentimentos. Foi lindo e impressionante ver como cada um expressou a cor com tonalidades corporais diferentes. Um dos educandos, o William, comentou que o verde dele, era um verde musgo, pois naquele dia ele estava mais cansado que os outros dias. Já a Manuela, apesar de falar que azul é a sua cor favorita, disse que com o amarelo ela se sente melhor, e é a cor que ela mais usa nos trabalhos.
Para finalizar e perceber a importância das nuances entre tons e cores, os educandos fizeram uma visita pelo jardim, e observaram plantas, flores e folhas, e escolheram aquela que mais lhe chamou atenção. O objetivo era conseguir retratar, em desenho, o mais fielmente possível. Percebendo que aquela folha, na linda e vasta natureza, apesar de ser igual às outras, para o seu olhar, depois daquele dia, ela era única. Assim como cada membro da família Calabriana.