No mês de novembro, as turmas do Trabalho Educativo Informática,
na modalidade Temas Transversais, participaram de um jogo sobre desigualdade
social orientados pela educadora Thais Rocha.
A proposta foi instigar a reflexão utilizando de perguntas
elaboradas por ela e pelos educandos sobre diversos assuntos que envolvem a
temática. Para iniciar a atividade os educandos escolheram seus lugares
alinhando-se com os pilares, onde conforme a educadora realizava as perguntas,
eles avançavam ou davam passos para trás.
Durante o jogo foram mencionadas perguntas como: Se você sempre
estudou em instituição pública de um passo para trás; Se você considera que a
sua família esteve sempre presente na sua infância de um passo para frente; Se
você já ganhou alguma “mesada” alguma vez na vida de um passo adiante; Se você
já ouviu piadas a respeito da sua cor de pele ou cabelo de um passo para trás.
Se você já realizou algum curso pago de um passo à frente; Se já
desejou ter uma outra cor de pele de um passo para trás; Se sua casa já foi
alagada ou você perdeu algum bem por morar em uma área de risco de um passo
atrás.
Para realizar o fechamento, a educadora comenta que nesse jogo
ninguém vence e sim observa o espaço das diferenças.
Para a vida, devem fazer com que os privilégios que observaram
mudem, de forma que contemple todos e não apenas alguns. Precisam ter boas
relações, buscar conhecimento e informações sobre seus direitos como
adolescentes e cidadão para mudarmos esse cenário desigual, onde reforça a
importância da participação nas políticas de assistência social.
Os educandos Márcio e Andrey comentam que não acham justo ainda
hoje ser tão desigual. Sentiram-se mal ao ver colegas avançando e outros indo
para trás. Eles ressaltam que gostariam de tornar o mundo mais igual e sem
qualquer tipo de discriminação.
De
acordo com a educadora, os educandos gostam de atividades lúdicas. E vê essa
metodologia como oportunidade de mediação sobre qualquer temática, sendo um
ótimo complemento no processo de aprendizagem. Ao longo do mês, as turmas
realizaram estudos sobre desigualdade social também através de leituras,
bate-papos e vídeos, onde compartilharam suas angústias sobre preconceito,
discriminação, racismo, assim como, abandono, negligências, falta de empatia e
oportunidades.