Em 25 de julho, lembramos do Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. Esta comemoração foi sancionada pela Organização das Nações Unidas (ONU) na década de 90, na República Dominicana. A instituição desta data foi firmada por 32 países, que puderam compartilhar experiências, denunciar abusos e pensar soluções na luta contra o racismo e o machismo.
No Brasil, também recorda-se da biografia de Tereza de Benguela, que viveu no século XVIII, no Vale do Guaporé (MT), e liderou o Quilombo de Quariterê, instituindo um parlamento de defesa a escravizados e indígenas. Para a Rede Calábria, é essencial promover valores de fraternidade, equidade e justiça na sociedade, abordando temas da atualidade e promovendo reflexões sobre a importância do respeito ao próximo.
A coordenadora do Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, Comunicadores e Ambientalistas (PPDDH), Larissa Jorge, é especialista em temas relacionados à direitos humanos e deu um depoimento para enfatizar a importância desta data.
“É uma data para todas as mulheres negras que, como eu seguem diariamente lutando pelo direito de ocupar espaços que o Racismo estrutural insiste em impedir.
No atual trabalho que realizo em um programa de proteção, reflito quase que diariamente sobre meu lugar enquanto mulher negra, as referências de minhas contribuições e os vários desafios do dia a dia, que por vezes são subliminares.
Por isso, pensar o lugar das mulheres militantes a qual atendemos neste programa é compreender também que essas mulheres passam por ameaças pelo fato de ser mulher e atuar em causas coletivas e humanas.
Acrescento, ainda que se essa mulher for negra, ou não branca, estará exposta a violações ainda maiores e mais profundas, objetivadas pela cor de sua pele. Finalizo, na compreensão de que este dia não deve ser refletido pontualmente, mas sim diariamente e homenageio todas mulheres NEGRAS do qual sua existência e resistência me trouxeram a possibilidade e liberdade de escrever este trecho até aqui e inspiração para que coletivamente em cada ponta possamos seguir lutando por melhoras condições de vida!” – Coordenadora do PPDDH da Rede Calábria, Larissa Jorge.
Que possamos seguir firmes promovendo paz, justiça e equidade entre todas as pessoas, vivendo na prática o carisma calabriano e a missão de acolher e promover vidas em todas as tividades.