Educandos do curso de Mecânica realizaram uma intervenção diferenciada nesta semana para testar e fixar conhecimentos sobre pneus e suspensão veicular. Orientados pelo educador Deivid Queiroz, os jovens fizeram averiguação dos pneus dos carros de alguns dos colaboradores do Calábria.
Após fazer a avaliação os alunos listaram em sala e compartilharam os problemas detectados. Os profissionais calabrianos tiveram a surpresa e encontrar bilhetes nos carros com sugestão de manutenções preventivas e corretivas nos pneus.
A Educadora dos projetos Tais Rocha que teve um alerta sobre o desgaste do pneu do carro e elogiou a atividade da mecânica. “Fiquei supressa, pois não havia percebido que o pneu estava com uma bolha, e isso poderia ter de provocar um acidente, com esse alerta vou procurar cuidar da manutenção do pneu”, comenta.
O educador Deivid da mecânica dá orientações para aumentar a vida útil desses componentes.
O que fazer para aumentar a durabilidade dos pneus? Que tipo de cuidado o dono do carro deve adotar para evitar o desgaste prematuro?
E ressalta de que não vale a pena deixar de fazer a manutenção regular do veículo, pois os prejuízos depois serão bem maiores. Sem contar que manter o automóvel em perfeitas condições é uma questão de segurança.
– O rodízio deve ser feito, em média, a cada 5 mil quilômetros rodados. No procedimento, são substituídos os pneus de trás pelos da frente. No mesmo lado, nunca em ‘x’. E, junto dessa troca, também é importante fazer o alinhamento e balanceamento do eixo dianteiro, medida que alinha a direção e permite o melhor consumo de combustível deste sistema.
-Quando o assunto é compra de um novo pneu: “Se for substituir um único pneu de um eixo, o ideal é que o novo seja da mesma marca do seu par. A troca de marca pode ser feita no caso de substituição da dupla. Colocar pneus diferentes no mesmo eixo irá comprometer o alinhamento e o sistema de suspensão”, esclarece. – Os componentes remoldados, o ‘remold’: “Rodam bem, são uma opção de baixo custo, eles só não terão a quilometragem de um pneu novo. É bem usado por taxistas”
Também foi trabalhado com os educandos da mecânica que além das revisões regulares destes sistemas, alguns sintomas percebidos pelos motoristas devem ser examinados por uma oficina especializada, como volante puxando, suspensão com barulho, bolha no pneu, desgaste desigual entre os componentes, entre outras anomalias.
O aluno Daniel Sena do curso de mecânica enfatizou que apesar do ideal ser manter os parâmetros de pneu e roda especificados para cada carro, é possível fazer mudanças se for da escolha do cliente.
O aluno Gustavo Moreira salientou: “Você pode mudar a roda, aumentar o tamanho do aro, dentro de um limite, mas deve também substituir o pneu para que a mudança não prejudique tanto os demais sistemas, para compensar”.
A recomendação dada sobre o respeito pela manutenção programada é fundamental no caso dos amortecedores. O componente é parte de um sistema. E seu estado responde diretamente no desgaste das peças conectadas. “O amortecedor tem vida útil de 40 mil quilômetros ou dois anos, momento que deve ser feita a troca, porque ele é parte de todo o sistema de suspensão. Se deixar de trocar, ele vai comprometer todo o conjunto, provocando desgaste acelerado das demais peças”
– As demais peças do sistema de suspensão, balanças, coxins, terminal de direção, braços axiais, entre outros, devem ser examinadas a cada 10 mil quilômetros, junto com as revisões regulares, quando todo o veículo é inspecionado. Entretanto, caso o motorista perceba algum comportamento anormal no carro, como ruídos, deve procurar o mecânico ou oficina mecânica de confiança.
-Na hora de adquirir peças novas para a suspensão, sobretudo os amortecedores, é recomendável apenas os originais. “Sempre o amortecedor especificado para o carro. Esqueça os paralelos e também os reposicionados, pois é uma economia que não vale, pode comprometer mais à frente o conjunto de suspensão”.
-Procure ter carinho com o carro para evitar o desgaste prematuro da suspensão. “Atenção com os buracos na rua, quando for subir um meio fio, subir devagar, entre outros cuidados”.