Na última semana, após cumprir seu objetivo, houve a desmobilização do Abrigo Emergencial da Rede Calábria para pessoas em situação de rua moradia. O serviço, em parceria com a prefeitura municipal de Porto Alegre, foi muito mais do que um espaço de acolhida, consolidando-se como um ecossistema de cidadania, garantia de direitos e promoção de vidas.
Com o atendimento inicial de mais de 140 pessoas, diversos agentes da política pública de assistência social, voluntários e profissionais da Rede Calábria colaboraram para atender os acolhidos da melhor forma possível.
Houve oferta de alimentação, assistência de saúde, formação cidadã e pessoal, momentos de lazer e garantia de direitos a partir dos equipamentos da assistência social.
Em destaque, alguns abrigados conseguiram articular moradia e também emprego. Como é o caso do Sr. Alex, que estava há três anos desempregado, e agora está trabalhando em uma empresa responsável por apoiar as famílias afetadas pelas inundações com limpeza e organização.
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Desde o início da acolhida, as equipes do Serviço Especializado em Abordagem Social da Rede Calábria (SEAS) dedicaram-se a estimular a autonomia e protagonismo dos beneficiários.
Em assembleia, os próprios abrigados elaboraram as principais regras de convivência e organizações. Colaboraram ativamente para que a coletividade funcionasse em benefício de um espaço fraterno e de integração.
A equipe de pastoral da Rede Calábria também abordou formações cidadãs e temáticas ligadas ao desenvolvimento pessoal, da espiritualidade e da cidadania: com propostas de reflexão, integração e fortalecimento de laços.
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Além do esforço da instituição, voluntários, agentes públicos e demais áreas da Rede Calábria foram fundamentais para a construção deste ecossistema de promoção de vidas.
Muito além de apenas acolher a todos os beneficiários, este espaço promoveu um ambiente para articular oportunidades.
Sr. Fernando agradece a acolhida e todas as oportunidades ofertadas durante o Abrigo Emergencial.
Muitos foram incluídos nos benefícios concedidos pelo poder público, além de outras possibilidades de inclusão social. Com esta dedicação, vários são os casos de superação das ruas. Do trágico evento de inundações, a coletividade e a união trouxeram esperança de dias melhoras com a motivação de situações importantes para permitir a realização de sonhos e mudança de vida.
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“A presença continuada e ativa de profissionais provenientes de articulações intersetoriais possibilitou o atendimento digno, atencioso e integral a todos que acessaram o Abrigo Emergencial da Rede Calábria. Construímos juntos dos abrigados um espaço de acolhida, convivência, garantia de direitos e de reconstrução de trajetórias de vidas. Todo o cuidado empregado nas nossas ações nos últimos dois meses é reflexo do desejo do fundador, São João Calábria, e de nossa causa estratégica: acolher, promovendo vidas” – Coordenador do SEAS, Rodrigo Falcão.
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A Rede Calábria menciona e agradece especialmente ao Serviço Especializado em Abordagem Social do Centro de Promoção da Criança e do Adolescente (CPCA); Serviço de Albergagem Acolher 2 do Projeto Restaurar; Equipe do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) Sul/Centro-Sul; Equipes do Centro POP 3 e Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos da Associação Cultural Beneficente Ilê Mulher; Equipes dos Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Outras Drogas da Associação Educadora São Carlos (AESC) e Equipes dos Consultórios na Rua da IBSAÚDE. Além de todos os voluntários, colaboradores e apoiadores.
A equipe do SEAS segue agora atuando firmemente em suas funções de inclusão social e garantia de direitos, indo ao encontro dos beneficiários do programa que se encontram em situação de rua moradia e trabalho infantil. A Rede Calábria sente-se honrada em fazer parte dessas histórias durante um período tão desafiador.