Com atividades nos municípios gaúchos de Viamão e Porto Alegre, o acolhimento institucional de Crianças e Adolescentes é desenvolvido em parceria com o poder público das respectivas cidades. Os beneficiários são crianças e adolescentes de 0 a 18 anos que tiveram seus direitos violados e foram afastados da família e/ou comunidade pelo poder judiciário até que possam retornar à família de origem, adoção ou seguir no acolhimento até a maioridade.
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Com muito carinho e dedicação, as equipes da Rede Calábria atuam para que estes acolhidos tenham a chance de um recomeço, segurança e alegria durante sua estadia na instituição.
A Rede Calábria possui mais de 20 anos de experiência na modalidade de acolhimento, tendo contribuído para a transformação de muitas vidas.
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É uma atividade que dialoga diretamente com os valores legados pelo fundador São João Calábria, visando acolher e promover vidas.
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Em Porto Alegre, a modalidade de acolhimento institucional de crianças e adolescentes acontece no formato de casa-lar com a figura do pai e da mãe social. A equipe técnica especializada da instituição presta toda a assessoria necessária para um atendimento de qualidade atendendo a todas as necessidades dos acolhidos.
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Os beneficiários vivem nas casas como uma verdadeira família com amor, carinho e cuidados necessários diante das vulnerabilidades.
Ao longo dos mais de dez anos de projeto, muitas crianças foram adotadas ou retornaram às famílias de origem, tendo a chance de um recomeço.
No ano de 2024, foram acolhidos 90 novas crianças e adolescentes, 41 foram desligados para retorno familiar, 40 foram adotados, 1 desligamento por maioridade.
.A equipe técnica da Rede Calábria também é responsável por cooperar com relatórios avaliando as experiências de retorno destes atendidos à família de origem. Uma grande responsabilidade para contribuir com o poder judiciário se a criança ou o adolescente está se beneficiando deste retorno.
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Às vezes, é possível que o retorno para a família de origem não seja viável. Assim, o poder judiciário determina o Processo de Preparo para a Adoção, buscando uma família substituta no Cadastro Nacional de Adoção. Tema que falaremos mais adiante.
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No município de Viamão a instituição atua em 6 casas lares com o atendimento de até 60 crianças e adolescentes. No ano de 2024, recebemos 33 novas crianças e/ou adolescentes, 19 retornaram as suas famílias de origem/extensa, 08 foram adotados.
No Abrigo Cisne Branco houve, ainda ,77 novos ingressos, 08 adoções, 01 desligamento por maioridade; 15 retornos para família de origem e extensa.
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.O acolhimento oferece moradia provisória para crianças e adolescentes em situação de abandono ou cuja a família ou responsável encontra-se temporariamente impossibilitado de cumprir sua função de cuidado e proteção.
As crianças e adolescentes recebem um atendimento personalizado em uma rotina domiciliar que inclui o acesso à escola, às atividades socioeducativas, atendimento de saúde, à profissionalização, esporte e lazer, utilizando a rede existente na comunidade. Como Padre Calábria ensinou para a Obra, as unidades devem ser chamadas de “casas”. Justamente para expressar no atendimento o sentimento necessário de fraternidade e cuidado para a promoção integral das pessoas que passam pelos diversos projetos.
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O Serviço de Família Acolhedora de Porto Alegre é desenvolvido pela Rede Calábria em parceria com a Secretaria Municipal de Assistência Social. As famílias voluntárias cadastradas e aprovadas recebem treinamento e suporte técnico para acolher, por tempo determinado, crianças e adolescentes protegidos pelo poder público até que possam retornar para suas famílias de origem, adoção ou outras políticas públicas do município.
Completamos 5 anos de execução deste programa, tivemos 14 foram novos ingressos, 09 foram desligadas para família substituta/adoção.
Neste mês, registramos um dia emocionante com a acolhida de um novo bebê no Serviço de Família Acolhedora. O recém-nascido será cuidado com muito amor e carinho pela Sra. Claudete, que mais uma vez ficou à disposição para abrir seu lar e dedicar muito afeto.
O momento especial foi acompanhado pela equipe técnica da Rede Calábria com a entrega kits para o bebê e reforço das organizações do atendimento.
O momento especial foi acompanhado pela equipe técnica da Rede Calábria com a entrega kits para o bebê e reforço das organizações do atendimento.
“Estava muito ansiosa por essa chegada. Vamos cuidar com muito carinho”, apontou Claudete. Já a coordenadora do Serviço de Família Acolhedora da Rede Calábria, Solange, destacou a importância das famílias acolhedoras para que exista a disponibilidade de atender ainda mais crianças. “Fazemos o convite para que mais pessoas de Porto Alegre possam conhecer o programa e fazer o seu cadastro”, comentou.
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Para se tornar família acolhedora é preciso ter mais de 18 anos, residir em Porto Alegre e ser um desejo de toda a família da casa. A equipe elaborou uma página especial para conferir mais informações e considerar a inscrição. acesse: https://conteudo.redecalabria.com.br/familia-acolhedora
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Segundo dados do Conselho Nacional de Justiça, são acolhidas no Brasil 34.331 crianças e adolescentes. Somente no RS são 3.854 dos quais 451 estão aptos para a doção.
Os dados também indicam uma questão importante para o debate: adoção tardia. A maior parte das pessoas habilitadas para a adoção coloca-se à disposição para crianças de 0 a 8 anos. No entanto, a maior parte do público, proporcionalmente, está na faixa dos 9 aos 17 anos.
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Outro dado que justifica a importância do acolhimento institucional de crianças e adolescentes no RS é que o Estado fica atrás apenas de São Paulo (maior cidade da América Latina e Minas Gerais em número de beneficiários acolhidos.
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Estes e outros dados detalhados podem ser conferidos no site do CNJ acessando o “mapa” do acolhimento. A Rede Calábria tem uma parcela importante de contribuição no acolhimento em nível do RS como atendimento de 214 crianças e adolescentes nas diversas atividades.
Destes, 75 foram desligados para retorno familiar; 65 adotados (famílias substitutas); 2 desligados por maioridade. Os dados demostram que o percentual de desligados frente aos novos acolhidos foi de 66%. Estas 142 crianças/adolescentes iniciaram um capítulo novo em suas vidas, o impacto do trabalho realizado foi positivo, transformador e certamente uma nova história sendo escrita, cada um(a) com o protagonismo e impulso de começar ou recomeçar, transmitido pela Rede Calábria no seu tempo de acolhimento.
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Quando o retorno à família de origem não é viável, após criteriosa avaliação do Poder Judiciário com suporte das equipes técnicas do acolhimento institucional, tem início um processo de preparo para a adoção.
Um “dossiê” completo da criança é constituído com imagens, história, perfil e muitos dados importantes para apresentar à família candidata antes de iniciar a aproximação. A família substituta também elabora um “dossiê” com informações e detalhamentos, pois, neste processo, a criança é protagonista.
A adoção vai muito além de um ato de carinho – é um compromisso para toda a vida. Seja para uma criança pequena ou um adolescente, oferecer um lar é dar a chance de um recomeço, de pertencimento e de um futuro cheio de possibilidades.
Este processo está imbuído de grande responsabilidade, uma vez que as crianças que estão no acolhimento tiveram um ou mais direitos violados e conviveram com a rejeição de muitas formas. Assim, este ato de amor precisa ser muito coerente e responsável para que tanto a família quanto a criança tenham a chance de viver uma história feliz e de realizações.
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A adoção tardia, por exemplo, transforma vidas, mostrando que nunca é tarde para formar uma família. A maioria das crianças acolhidas em casas lares já passou da primeira infância, e encontrar uma família para elas é uma missão essencial.
.A adoção é um caminho de amor, compromisso e transformação mútua. Mais do que um gesto de generosidade, representa a oportunidade de reescrever histórias, oferecendo não apenas um lar, mas também afeto, estabilidade e um futuro promissor. Para que esse processo seja bem-sucedido, é essencial que as famílias adotantes estejam preparadas e conscientes da importância desse vínculo. Afinal, adotar é assumir a responsabilidade de construir uma relação baseada no respeito, na paciência e no acolhimento incondicional.
Saiba mais sobre os caminhos da adoção no site do CNJ: https://www.cnj.jus.br/programas-e-acoes/adocao/