Celebração dos 152 anos de São João Calábria reuniu atividades de fé, valores humanos e espiritualidade. O ponto alto foi a inauguração da estátua do fundador na Unidade Centro de Educação Profissional. O momento reforçou o legado de amor ao próximo e transformação de vidas da Obra.
No dia 8 de outubro, celebramos os 152 anos de nascimento do fundador da Obra, Padre João Calábria. Seu legado de fé e transformação de vidas continua a inspirar milhares de pessoas em diversos países. Ao longo da semana, a equipe de pastoral, com o apoio da Delegação Nossa Senhora Aparecida, promoveu uma série de atividades na Rede Calábria para relembrar momentos marcantes da vida e da obra do fundador.
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Foram oportunidades para refletir sobre valores humanos, o compromisso com o próximo e a missão da Obra na promoção do acolhimento e da vida. Esses dias de fé, espiritualidade e valorização do carisma calabriano culminaram com a inauguração de uma estátua de São João Calábria no pátio da Unidade Centro de Educação Profissional São João Calábria, que também abriga a sede da Delegação no Brasil.
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A inauguração representa um sonho antigo e convida a louvar e bendizer a Deus, reconhecendo em Calábria um filho dedicado ao amor ao próximo e à transformação da vida de tantas pessoas. O momento foi marcado por emoção e alegria, inspirando todos a seguir os caminhos de uma vida tão exemplar quanto a de São João Calábria.
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Fundador da Obra Calabriana completou 152 anos de história neste dia 08 de outubro. Comemorações em diversos países marcam a data com emoção e fé.
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João Calábria nasceu em Verona (Itália) em 8 de outubro de 1873. Filho de Luís Calábria, sapateiro, homem trabalhador, simples e humilde, que amava a família, e de Ângela Foschio, empregada doméstica, mulher de singulares virtudes cristãs, de espírito gentil, piedade sincera, grande confiança em Deus e devoção à nossa Senhora das Dores. Características familiares que foram muito importantes para o crescimento sereno e altruísta de João.
O período de sua infância e adolescência passou-se em extrema pobreza. Foi obrigado a interromper duas vezes os estudos para conseguir o necessário para a sua família viver, principalmente após a morte do seu pai, quando tinha 12 anos, trabalhando numa loja de antiguidades. Com a graça de Deus, as humilhações e as dificuldades que passou, contribuíram para criar nele um espírito de fé e de abandono na Divina Providência.
O jovem Calábria sempre teve o desejo de ser padre, e Pe. Pedro Scapini, Pároco da Igreja de São Lourenço, percebendo as virtudes do menino ajudou-o na busca da sua vocação. Preparou-o com aulas particulares para os exames de admissão ao Ensino Médio, no Seminário. Aprovado nos exames, foi admitido e frequentou-o como aluno externo. Mas teve que interrompê-lo no 3º ano para prestar o serviço militar.
Durante o serviço militar exerceu um intenso apostolado, distinguindo-se sobretudo no cuidado aos doentes e assistindo os soldados acometidos de tifo. Terminado o serviço militar, retomou os estudos.
Calábria teve o grande dom de encontrar-se com Pe. Natal de Jesus, carmelita descalço, o qual escolheu como o seu confessor e diretor espiritual. Foi este padre que descobriu no jovem “o escolhido do Senhor com especial predileção” para fundar “uma Congregação para os tempos atuais” uma Congregação de sacerdotes e irmãos, de espírito evangélico e apostólico, com paridade jurídica, com iguais direitos e deveres.
Numa noite fria, quando frequentava o 1º ano de teologia, regressando do hospital, onde foi visitar doentes, encontrou encolhido na porta da sua casa um menino cigano que fugira do seu grupo. Acolhendo-o em sua casa, partilhou o seu jantar e deu-lhe abrigo. Este foi um dos sinais que Deus o concedeu para clarear o seu chamado.
No dia 11 de agosto de 1901, foi ordenado presbítero e foi nomeado vigário da Paróquia Santo Estêvão e confessor no Seminário. Dedicou-se com zelo especial às confissões e ao exercício da caridade, privilegiando sobretudo os mais pobres e marginalizados.
Em 1907, foi nomeado vigário de São Bento no Monte, e no dia 26 de novembro, na Rua Case Rotte, iniciou oficialmente o Instituto “Casa Buoni Fanciulli” (Casa Bons Meninos). Esta data é tida como fundação da Obra Calabriana, da Congregação Pobres Servos da Divina Providência.
No dia 4 de dezembro de 1954, em Verona, Pe. Calábria partiu para a casa do Pai. Ao saber da sua morte, o Papa Pio XII mandou um telegrama, no qual prestava condolências e definia Pe. Calábria como “campeão de evangélica caridade”.
Em 17 de abril de 1988 foi beatificado pelo Santo Padre, Papa João Paulo II em Verona. E no dia 18 de abril de 1999 foi Canonizado pelo mesmo Santo Padre em Roma.
Fonte do título 2: Pobres Servos da Divina Providência