São João Calábria ilustrou sua vida com muitos atos de bravura, caridade e amor ao próximo com fiel dedicação ao Evangelho e entrega a Deus. Após sua importante e abençoada passagem entre nós, duas histórias marcantes se destacam e fazem parte do processo de beatificação e canonização de Pe. Calábria.
O primeiro episódio que vamos trazer perpetuou a beatificação de São João Calábria em 17 de abril de 1988 pelo Papa João Paulo II. O milagre ocorrido para ratificar o reconhecimento da heroicidade das virtudes de Pe. Calábria se deu com um lenhador de 72 anos, casado e sem filhos, que vivia na Capadócia, província de Aquila. Chamava-se Libório Testa e estava morrendo de cirrose hepática.
Os médicos mandaram Libório para casa já sem esperanças de recuperação, pois não havia nenhum tratamento a ser feito… Mas no dia 27 de dezembro de 1957, como numa inspiração, resolveram rezar recorrendo a Pe. Calábria. Colocaram sobre o corpo de Libório um santinho do Pe. Calábria com uma relíquia estampada no verso para obter a cura por sua intercessão.
Libório, depois de um certo tempo, sente vontade de fazer necessidade, recupera as forças, sente-se como se nunca tivesse tido coisa alguma. A partir desse momento, retornou aos seus trabalhos como lenhador e não sentiu mais nada, não poupava energia, nem se preocupava com a dieta alimentar. Veio a falecer bem depois com 83 anos de idade.
A canonização aconteceu no dia 18 de abril de 1999, pelo Papa João Paulo II. Para a canonização, a Igreja pede um outro milagre. A miraculada é uma mulher chamada Rita Faccioli, de Reconquista, província de Santa Fé na Argentina.
Em 1986, aos 45 anos, descobriu-se um minúsculo nódulo no seio. Em janeiro do ano seguinte tinha crescido muito e foi internada, no qual os médicos constaram que se tratava de um câncer em estado avançado. Levaram-na imediatamente à sala de cirurgia para uma mastectomia total esquerda.
Sete dias depois da operação, o seu estado de saúde agravou-se e quase perdeu completamente a visão do olho direito ficando paralisada em todo lado direito do corpo. Fizeram exames e comprovaram a presença de metástase na parte esquerda do cérebro. Os médicos a mandaram para casa, pois não havia mais nada a se fazer.
No dia 12 de junho de 1987, chamaram um padre Pobre Servo que aconselhou a começarem uma novena ao Pe. Calábria. Puseram sobre o corpo de Rita um santinho com a relíquia e começaram a rezar. Não esperaram o dia seguinte para recitar uma segunda fez a oração da novena, mas aproveitando a visita de um parente, fizeram toda a novena, com alguns intervalos, no espaço de 24 horas.
Na noite seguinte, Rita se sente uma outra pessoa, movia tranquilamente o braço direito e aperna direita. A visão do olho voltou ao normal, recuperou prontamente as forças. Nunca mais sentiu os sintomas da doença.